Dados do Trabalho
Título
Comunicação de má noticia na UTI
Descrição do caso
PAciente de 45 anos, casado, com diagnóstico recente de tumor de cauda de pâncreas metastático. Estava internado no hospital há 1 mês, inicialmente no andar para esclarecimento de síndrome comsuptiva. Encontrava-se caquético, com ascite volumosa, olhos escavados e fundos, edemaciado e oligúrico. Deu entrada na UTI por piora renal e vômitos incoercíveis. A esposa encontrava-se sofrida, cansada e extremamente revoltada com toda situação. Por isso, demonstrava muita insatisfação, impaciência e desespero no seu discurso, querendo reclamar formalmente no setor de Ouvidoria do hospital. No dia que a conheci, rapidamente estabeleci uma conexão com ela, aplicando uma metodologia de comunicação embasada em três passos ( confiança, acolhimento de emoções e por fim cognição) com extrema eficácia de entendimento. No instante da abordagem, ela mudou completamente a postura agressiva e desesperada e se pôs como esperado,(frágil, cansada, necessitando de escuta e empatia). Desculpou-se pelo “tom” utilizado e se justificou que estavam há 40 dias nessa situação tão difícil e desesperadora: de luta, saudade de casa, dos filhos e de toda rotina. O diagnóstico do seu marido só pôde ser feito em BSB, pois no MA faltava o contraste necessário para a tomografia. Após o choro dela, enfatizei a nossa preocupação, deixei-a informada da condição atual dele e salientei a preocupação com o controle dos sintomas e conforto. Ela entendeu, agradeceu por toda conversa e se acalmou.
Área
Terminalidade, Humanização
Autores
Helia Beatriz Fonseca, Breno Barbosa Guimarães